domingo, 10 de março de 2013

O fracasso de “Rosalinda” no México


rosa
Engana-se aqueles que acham que “Rosalinda” teve um grande êxito no México. Assim como no Brasil, onde algumas novelas não conseguem satisfazer o público (leia-se Salve Jorge), algumas novelas da Televisa também tem seus “traços”.
Rosalinda, sem sombra de dúvidas, foi a novela mais esperada de Thalia em 1999, no México, que estava afastada das telenovelas, até por ter recusado o papel em “A Usurpadora”, já que alegou estar ocupada na época. Entretanto, a novela não foi bem aceita pelo público e deixou muito a desejar, embora tenha tido seus méritos.
Primeiramente, a atuação de Valéria, que chegou como a típica sogra malvada, mas a atriz estava muito morna e cômica em seu personagem, ficou algo meio artificial e não convenceu. Não foi uma boa vilã como era de se esperar, já que nas Marias, todas as antagonistas eram umas cobras e “demoníacas” (leia-se Soraya Montenegro). Deixando um pouco a Rosalinda de lado, tiveram que mexer na história e destinar a Valéria para outro rumo para que  a trama ficasse mais interessante: fazer parte do enredo de Beto e Aline (em breve saberão de quem se trata).
Em geral, a história foi repleta de clichês, que a tornou muito parecida com as Marias. Aquela velha cena da Thalia enlouquecendo após ser abandonada. Sim, em Rosalinda, ela vai fazer que nem em “Maria do Bairro” e vai abandonar seu filho depois de ser “chutada” por Fernando José, que nem Luiz Fernando fez.
Tantos problemas, tiveram que encurtar a novela, pois estava planejada 120 capítulos, mas teve somente 80. Isso foi gerando um enorme desgosto no produtor da novela, o Salvador Mejía. A primeira providencia foi mandar a Thalia diminuir na maquiagem e aumentar a de Vera (Nora Salinas). Outra grande mudança foi adiantar a revelação da identidade de Solidade Romero. Mais tarde, trouxe Laura Zapata (Malvina de Maria Mercedes), como Verônica, a verdadeira mãe de Fernando José.
Fernando Carillo, na época, cometeu uma gafe ao dizer que “Rosalinda” seria “a novela do milênio” – uma declaração infeliz, que foi criticada até mesmo pelo Carlos Romero, afinal ele estava contando com o êxito que não teve. Tadinho. Além disso, por pouco, o galã não foi dispensado da novela, pois chegava muito atrasado nas gravações. Chegou-se a sugerir troca de atore: Juan Soler, que era o mais cotado. Mas não aconteceu.
Como se não bastasse a gafe de Fernando, Thalia soltou outro erro: disse que a novela havia sido pré-vendida para mais de 100 países. Salvador Mejía revelou que, embora tenha tido sucesso em vendas, não tinha chegado a esses grandes números.
No último capítulo da novela houve um contratempo. No México, houve uma falha de transmissão e o último capítulo teve de ser regravado no dia de exibição e e editado durante sua própria exibição. Ufa!
Salvador Mejía nunca tinha passado por tantos problemas assim, tadinho. Ele admitiu que foi um projeto que frustrou bastante, já que uma hora o público queria ver uma Maria e outra hora não, isso virou um caos e se tornou bagunça. Prova disso foi inicialmente, que apesar de pobre, não era ignorante e selvagem como nas Marias, mas a pedido do público, as Marias teve de reencarnar em Rosalinda, como mostrou na cena em que ela deu uma surra em Pamela, afinal Thalia ainda não tinha batido em ninguém.
Para não dizer que “Rosalinda” foi um desastre, a trama teve um grande sucesso mundial. Apesar de terem feito mudanças, nada foi apelativo. Foi uma novela que teve sua dignidade do inicio ao fim. Foi a novela mais vista em diversos países da Europa e Ásia, chegando até 91% de audiência em todo o país. Em alguns países, o dramalhão é chamado de “Titanic das Novelas”.
Atualmente, é exibida no SBT na faixa das 14h30, que tem deixado a desejar no quesito audiência. De acordo com dados do Ibope, a trama tem marcado médias de 3/4 pontos. Cada ponto representa 62 mil domicílios.
segundo o site TV Foco

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